Os animais de estimação buscam conhecer o meio em que estão situados por meio de seus próprios sentidos, ou seja, tato, olfato, audição, visão e paladar. Este último acaba sendo um problema quando pensamos em intoxicação, uma vez que nossos pets podem comer coisas que não deveriam.
A seguir confira algumas informações sobre as intoxicações mais comuns no mundo animal, e o que você pode fazer para ajudar seu companheiro:
Venenos
Dentre os venenos que mais intoxicam os animais temos: chumbinho, inseticidas (piretrina e DDT) e raticidas (varfarina, brometalina, colecalciferol). Tanto a ingestão do raticida em si como a do rato envenenado pode causar intoxicação.
Cada um destes venenos atua de uma forma diferente no organismo, contudo, alguns sintomas são comuns a todos eles, como agitação ou letargia, convulsão, confusão mental, diarreia, vômito, salivação, tremores musculares, pupila dilatada, espasmos abdominais e até parada respiratória.
Os raticidas anticoagulantes (varfarina, por exemplo), também podem causar diferentes tipos de hemorragia: sangramento nasal, tosse com sangue, urina ou fezes com sangue e mucosas pálidas. Hematomas na região abdominal podem indicar uma hemorragia interna.
Alimentar
Alimentos muito gordurosos podem desencadear uma pancreatite, o que causa vômito, diarreia e muita dor abdominal. Existem também algumas comidas que intoxicam os animais, mesmo que servidas em pequena quantidade. São elas: chocolate, uva, cebola, alho, abacate, frutas secas, café e castanhas.
Outros sinais que você pode observar são: tremores, inquietação e taquicardia. Alguns são tão tóxicos que, dependendo da quantidade ingerida, podem até causar lesão renal aguda e o falecimento do companheiro.
O botulismo é outro vilão que se esconde em comida estragada. Por isso devemos tomar cuidado para jogar restos no lixo. Esta doença é causada pela bactéria Clostridium botulinum, que se desenvolve principalmente em carniça, alimentos enlatados, restos de lixo e terra com matéria orgânica.
Os sinais mais comuns são: paralisia dos músculos da face, dificuldade para deglutir e respirar, fraqueza repentina e progressiva. Existe uma grande probabilidade de o animal vir a óbito ou apresentar sequelas duradouras. Por isso, o melhor é prevenir.
Medicamentosa e produtos químicos
A intoxicação pode ocorrer pela ingestão acidental de produtos de limpeza e medicamentos ou então pela administração em dose errada de alguns remédios. Os felinos, por exemplo, são mais sensíveis que os cães a alguns medicamentos. Aspirina (ácido acetilsalicílico) e paracetamol são muito tóxicos para eles. Por isso, não se deve medicar os animais por conta. Sempre siga recomendações do seu médico veterinário de confiança.
Tratamento
O veterinário precisara de um histórico detalhado do seu animal de estimação para identificar o que causou a intoxicação. Cada produto ou alimento causará efeitos diferentes, logo, existem diferentes formas de tratar.
As primeiras medidas tomadas no hospital são: lavagem gástrica, uso de substancias adsorventes (carvão ativado), fluidoterapia (soro), medicações analgésicas e de controle do vômito e diarreia.
Em caso de intoxicação por raticida, o uso de vitamina K, e até transfusão sanguínea, pode ser necessário. Vale lembrar que o uso de carvão ativado e lavagem gástrica só terão eficácia nas primeiras horas após a intoxicação. Por isso é tão importante levar imediatamente ao veterinário.
O que fazer em casa
A internet traz diversos remédios caseiros e técnicas para reverter a intoxicação. Cuidado! Muitas delas podem trazer mais malefícios que benefícios. Dar leite e induzir o vômito são duas ideias que podem agravar ainda mais o quadro do seu amigo de estimação.
A melhor dica é: leve imediatamente seu pet a um veterinário! Se possível, também leve a embalagem do produto para facilitar a identificação do veneno. E nunca tente fazer nada em casa sem antes consultar um especialista da medicina veterinária.
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